Qual o momento certo para explicar a adoção ao filho adotado
O modo de informar determina a reação da criança à notícia
Quanto mais à vontade se sinta alguém adotado em seu ambiente familiar, tanto mais feliz se sentirá a criança adotada. O contexto de adoção inclui um meio ambiente de socialização da criança: a estrutura familiar e a prática na criação de crianças, as atitudes familiares relativas à adoção e comportamento, e a atitude geral a respeito de adoção em uma comunidade grande. Este contexto pode ajudar a prever como um indivíduo vai viver o “ser adotado”. O meio ambiente familiar começa desde o momento em que a criança chega à casa.
É melhor para os filhos adotivos não lembrarem nunca da época em que não sabiam que eram adotados. A forma dos pais aceitarem a adoção como parte da vida de seu filho o levará a desenvolver um sentimento similar. É decisivo que as crianças recebam esta informação pela boca de seus pais, e que eles apresentem isso de uma forma positiva e aberta.
A verdade desde o primeiro dia da adoção
O que se recomenda é que desde o primeiro dia em que a criança adotada chegue ao novo lar, deve começar a praticar uma serena franqueza com respeito ao tema da adoção. Quanto mais cômoda se sinta com a adoção e seu meio familiar, tanto mais à vontade se sentirá a criança e haverá mais possibilidades de que a adoção prospere.
Além de conscientizar seu filho que tenha sido adotado, a discussão prematura sobre a adoção, tem dois propósitos principais: o primeiro é criar um sentimento dentro da família que a adoção é um tema a se falar. As crianças podem não entender o que significa ser adotada, mas entendem que os pais se sentem à vontade para falar sobre isso.
O segundo propósito é dar aos pais a oportunidade de praticar a fala sobre um assunto que envolve sensibilidade e aspectos dolorosos. No começo é comum ter dificuldades na discussão de alguns casos de adoção. Isso é o que dá mais sentido fazê-lo, primeiro com uma criança pequena, a quem não gosta de estar muito atenta, diferente de uma criança maior. A liberdade que sentem em perguntar, dependerá quase inteiramente da segurança que sintam seus pais como adotantes. As crianças são sensíveis em captar sentimentos de ambivalência no que se refere as respostas às suas perguntas, e dar-lhes informações significativas sobre sua adoção.