Os pais não têm tempo para estar com os filhos?
A infância é uma época que passa voando. Quando você se dá conta o seu filho já é um adolescente e começa a se portar de uma forma que muitas vezes te surpreende. E você se pergunta: Quem é ele ou ela? Acredito que se nós, pais, tivéssemos mais consciência disso, aproveitaríamos mais o tempo que temos para estar com os nossos filhos, quando são menores e os conheceríamos melhor.
No II Informe Nacional sobre a Infância na Espanha, realizado pela Chicco, encontramos dados muito positivos neste sentido. Os pais espanhóis gostariam de ter passado mais tempo com os seus filhos. A metade dos pais compartilha menos de cinco horas diárias com os filhos e as mães, das 9 às 16 horas. Por não terem passado o tempo que quiseram junto aos seus filhos, mais da metade das mães e pais se sentem culpados quando têm que castigá-los. Acredito que isso acontece na maior parte do mundo. Os pais cada vez têm menos tempo para estar com os filhos e isso pesa nas suas consciências.
Como conciliar trabalho e filhos
Você se sente incluído nesses resultados? Você se sente culpado por não poder estar mais tempo com o seu filho? Quanto tempo você acredita que seria o ideal para estar com as crianças durante o dia? Acredito que não termos tempo para estar com nossos filhos é muito relativo. Meu pai sempre me diz que se eu quiser encarregar alguma tarefa a alguém que eu peça a uma pessoa que quase não tenha tempo porque com certeza ela o fará da melhor maneira possível, e acredito que ele tem razão.
Além do tempo que os pais dedicam ao trabalho, durante o dia sobram muitas horas. Tudo depende da organização das tarefas no lar. Conciliar trabalho e filhos não é fácil, mas acredito que quando alguém está em casa e têm filhos, eles devem ser sua prioridade.
E eu pergunto, pra que ter filhos? No que se refere à educação das crianças, o informe revela que tanto as mães como os pais concordam que durante o primeiro ano de vida do bebê eles devem ter uma atitude flexível nos aspectos como dar-lhe de comer quando pede, pegá-lo nos braços, dar-lhe chupeta para que não chore e deixar-lhe dormir durante o dia.
Por outro lado, os pais consideram que durante os três primeiros anos eles devem ser mais exigentes quanto a obediência, a disciplina, em recolher e organizar os brinquedos, em serem mais sociáveis, colaboradores e mais autônomos e tirar-lhes as fraldas antes dos dois anos de idade.
Neste sentido, as mães se mostram muito mais exigentes que os pais. Quanto às creches, 90% dos pais e mães acreditam que elas são a principal influência na educação dos seus filhos, seguidos pelos avós.
Na hora de escolher uma creche as mães priorizam primeiro a sua classificação global, logo a qualidade de educação e a atenção personalizada. Os pais primam mais pela qualidade da educação. E, sobre a educação que oferecem aos seus filhos, mais da metade dos pais e mães determinam que o cuidado e a educação que dão aos seus filhos é igual ao que receberam por parte dos seus progenitores. Tanto eles como elas acreditam que são as mães que educam melhor.
Você está de acordo?