Final de ano: uma oportunidade para desenvolver o consumo consciente na criança
Saiba como inserir na criança o conceito de consumo consciente, sendo o bom e eficiente exemplo.
Falar de consumo consciente em época de festas não está fora de contexto. Ao contrário, é a época em que mais devemos ficar atentos para praticar o que achamos ser melhor para nós, nossa família e sociedade. Influenciamos muitos, mesmo aqueles que não vemos. Para aqueles que vemos e amamos, dedicamos esforços para que tenham mais qualidade de vida — tanto agora quanto no futuro.
Mas como inserir na criança o conceito de consumo consciente? Bem, o melhor jeito continua sendo o bom e eficiente exemplo. Afinal, se palavras convencem, o exemplo arrasta. Vamos falar mais sobre isso?
Como tudo na vida, compras precisam de planejamento. Comprar sem planejar significa gastar mais que o necessário, com coisas desnecessárias. Planejar onde comprar, quando comprar e, o mais importante, o que comprar. Essas três decisões influenciarão diretamente no sucesso de suas compras.
E, como falamos de exemplo, envolver a criança no planejamento das compras ensinará a ela a importância dessa etapa, a planejar e a fará se sentir importante por ser chamada a opinar e decidir.
Uma boa estratégia é pedir ajuda à criança para que ela auxilie a criar a lista de compras do supermercado, por exemplo. Dentro do possível, a criança pode checar nos armários o que está faltando e precisa ser comprado, ou se lembrar de algo importante que pode ter passado despercebido. Esses momentos são oportunos para ensinar entre o necessário e o supérfluo. E qual deles tem maior prioridade.
Durante o planejamento, é o momento de envolver a criança nas decisões de compra, prevenindo o impulso consumista, ensinando as razões certas para comprar antes que o desejo se manifeste nas lojas ou nos supermercados. É a oportunidade de ensinar conceitos sobre produtos em embalagens recicláveis, reforçando a reciclagem do lixo e mostrando como essas atitudes são importantes para a preservação do planeta.
Como crianças absorvem todo o tempo, em um momento de descontração, se preparando para sair às compras, as mensagens serão muito mais bem recebidas e absorvidas.
Chegou a hora do teste final: pais e filhos serão postos à prova e saberemos se valeu a pena toda a preparação anterior. Mas, como o exemplo é a maior motivação, se os pais se comportarem e se lembrarem de repassar os conceitos no ato das compras, cumprindo-os, fazendo perguntas sobre o que foi transmitido em casa, as chances de sucesso serão muito grandes.
Mas não para por aí! Esse foi só o começo. O trabalho é de desenvolvimento e, em se tratando de educação financeira, não se pode exigir que crianças assimilem de imediato o que muitos adultos não conseguiram fazer em anos. O trabalho é contínuo.
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Como seres humanos, nossa ênfase deve estar no SER, mais do que em TER ou FAZER. Ser consciente traz benefícios não apenas para hoje, mas especialmente para o futuro. Plantamos consciência, colhemos sustentabilidade.
Semear noções de consumo consciente em nossas crianças não será bom apenas para o planeta e para a humanidade. Essa atitude faz parte de um trabalho maior, o desenvolvimento das habilidades emocionais que lhes permitirão crescer em equilíbrio e harmonia, construindo relacionamentos saudáveis. Saber comprar e cuidar do planeta em que vive é um excelente começo — especialmente para crianças.
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