Como Identificar Ansiedade na Infância e o Que Fazer?
Ajude seu filho a enfrentar as situações que geram ansiedade.
Estar ansioso significa sentir-se preocupado, nervoso ou temeroso. Quando você se sente ameaçado ou em perigo real, a ansiedade age como um sistema de alarme para mantê-lo longe do dano. Todos nós experimentamos ansiedade às vezes e ela pode inclusive ser útil em determinados momentos. Por exemplo, ficar ansioso antes de fazer um teste ou entrevista ou de falar em público pode servir como estímulo para nos preparamos melhor para essas ocasiões.
Com as crianças não é diferente: elas têm medo e ansiedade com freqüência. Contudo, a maioria dos medos e ansiedades infantis são normais – muitas vezes decorrentes do processo de aprendizagem em cada fase – e é comum que desapareçam naturalmente. Você se lembra de quando aprendeu a andar de bicicleta ou de quando amarrou o tênis pela primeira vez? Lembra-se das primeiras palavras lidas, das primeiras frases? Certamente esses desafios geraram muita ansiedade; mas, vencido o obstáculo, a inquietude deu lugar ao prazer.
A ansiedade passa a ser um problema quando se torna disfuncional e impede a criança de realizar tarefas simples, como dormir, brincar com outra criança ou ir à escola. Nesses casos, pode-se falar em transtornos de ansiedade, os problemas de saúde mental mais comuns entre crianças e jovens – 20% das crianças apresentam ou apresentarão algum traço ansioso.
Como saber se meu filho é ansioso?
Antes de julgar que a ansiedade está se tornando um problema, é importante ficar atento aos sinais e levar em conta a idade e a fase pela qual a criança está passando. Crianças tímidas, que sentem muito medo, fazem muita birra, regridem a fases anteriores – começam a fazer xixi na roupa, por exemplo – ou roem as unhas possivelmente são crianças ansiosas. Embora seja natural crianças apresentarem essas atitudes em determinadas circunstâncias, se você notar que, em quase todas as situações, seu filho reage de um modo “diferente” do esperado para a idade dele, é provável que tenha um traço de ansiedade.
Atenção: não rotule seu filho, aluno ou qualquer criança sob seus cuidados de portador de algum transtorno. O diagnóstico só pode ser emitido depois de verificada a recorrência de episódios de ansiedade dentro de um determinado período. Além disso, caso a recorrência seja observada e identifique-se que a criança possui um traço ansioso, convém procurar um profissional, pois talvez seja necessário intervir com medicação.
Tipos de transtornos de ansiedade
Existem cinco tipos de transtorno de ansiedade. Informar-se sobre cada um deles pode auxiliar os pais a detectá-los.
Transtorno de Ansiedade de Separação
As crianças podem ficar assustadas quando têm de se separar dos pais – geralmente quando começam a frequentar a escola. É normal que crianças pequenas tenham medo de ficar com um desconhecido, mas elas conseguem adaptar-se facilmente. A criança com ansiedade de separação, contudo, tem dificuldade para se adaptar. Para ela, algo aparentemente simples como passar do quarto dos pais para um quarto separado pode ser um desafio.
Crianças com transtorno de ansiedade de separação podem:
– Recusar-se a ir à escola
– Chamar muitas vezes os pais para irem para casa – muitas passam a urinar ou evacuar nas roupas
– Chorar e se apegar a um professor
– Fazer birras constantemente
– Negar-se a ir para a cama à noite
– Não comer
– Imaginar que algo ruim poderá acontecer com os pais
– Queixar-se de sintomas físicos antes, durante e após a separação
O que fazer?
Primeiramente, você, pai ou mãe, precisa observar se o seu comportamento está gerando a ansiedade em seu filho. Manter a calma quando seu filho está aflito por conta de uma situação ou evento é muito importante. Pais ansiosos, filhos ansiosos.
Preste atenção aos sentimentos de seu filho. As crianças – mesmo os bebezinhos – tendem a ficar ansiosas, entediadas. Ajude seu filho a dar nome aos sentimentos: não os menospreze. Por exemplo, muitas crianças têm medo de ir ao dentista. Esse medo gera ansiedade. Ao invés de repreender, diga: “Eu sei que você está com medo, e isso é bom. Eu estou aqui e vou ajudá-lo a passar por isso.”
Uma sugestão: podemos recorrer a Livros e Brinquedos que trabalhem tal sentimento e auxiliam as crianças a elaborar tais sentimentos.
Fonte: Como Educar seus Filhos
Uma sugestão: podemos recorrer a Livros e Brinquedos que trabalhem tal sentimento e auxiliam as crianças a elaborar tais sentimentos.
Fonte: Como Educar seus Filhos