As Relações na Atualidade
O acesso à informação por diversos meios graças à tecnologia, o dinamismo de poder resolver problemas do dia a dia com alguns toques no celular, a internet como vitrine que induz ao consumismo e a necessidade intrínseca de acompanhar o ritmo acelerado com que as relações são construídas e também, desfeitas é o retrato da atualidade.
As relações contemporâneas foram abordadas por Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, que escreveu o livro “Vida Líquida”. Segundo Bauman, a sociedade moderna está caracterizada pela instabilidade dos relacionamentos e pensamentos. O bombardeio de informações a todo o momento leva as pessoas a mudarem suas ideias e referências com frequência, antes mesmo de se tornarem hábitos. A metáfora utilizada ao denominar “Vida Líquida” refere-se à incapacidade de manter a forma, referindo-se a fluidez das mudanças da contemporaneidade.
Para ilustrar, podemos fazer um comparativo: nossos antepassados cultivavam relações duráveis, “sólidas”, desde os relacionamentos afetivos, as amizades e até os empregos. Hoje, as relações são inconstantes, evitando o congelamento de padrões de pensamento e conduta.
Essa liquidez contemporânea provoca um estado de insegurança nos indivíduos e a descrença no futuro das relações, difíceis de manter por muito tempo pela facilidade de terminar e recomeçar. Entretanto, os indivíduos continuam buscando segurança e estabilidade nessas relações.
A “Vida Líquida” é uma vida de consumo: o mundo e seus fragmentos são tratados como objetos de consumo, que perdem a utilidade e o valor quando são usados, e então, são simplesmente descartados.
A valorização do consumo vai além: a “sociedade consumidora” julga e avalia seus membros pelas suas capacidades e comportamentos relacionados ao consumo acreditando que sua importância para o outro está atrelada aos bens que possui como carro, jóias, vestuário, número de curtidas nos posts, números de seguidores nas redes sociais e etc… O “ter” sobrepõe a essência do “ser”.
Para a convivência fluida, porém, harmoniosa na era contemporânea, os indivíduos carecem de flexibilidade, disposição para mudar e para assumir novos compromissos e relações. E estas serão mais saudáveis quando houver o reconhecimento do verdadeiro valor das pessoas e relacionamentos reais.
Por Carolina Rosa Benvenuto
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